terça-feira, 27 de março de 2012

Entrega do Prémio "Faça Lá um Poema"!

Teve lugar no dia 24 de março, Dia Mundial da Poesia, a cerimónia de entrega dos prémios do Concurso Nacional "Faça Lá um Poema". Decorreu no CBB e o aluno Ricardo Batista recebeu rasgados elogios, sendo o Prémio entregue pela Doutora Maria Alzira Seixo.

Parabéns!

sábado, 24 de março de 2012

E temos Vencedor!

Ganhou o 2.º Lugar do Concurso Nacional "Faça Lá um Poema", o aluno Ricardo Batista, com o poema "Bêbados"!

Parabéns!

Fotoviagem pela Semana da Leitura!

Dia 06.03.12: Leitura e Escrita na Redação Jornalística
- À conversa com... Pedro Camacho, Diretor da Revista Visão 
Dia 07.03.12:
Parar para Ler
Dia 08.03.12:
Concurso de Leitura Expressiva - Dar Voz às Línguas
Dia 08.03.12:
Sessão sobre os Livros - Processo RVCC (B28) - Professora Diana Santos
Dia 15.03.12:
Os Livros às vezes são Objetos Inesperados
- Sessão com Dora Batalim (Especialista em Literatura)

Ao longo de toda a semana decorreu igualmente a IV Feira do Livro Usado!

quinta-feira, 1 de março de 2012

Vencedores do Concurso "Faça lá um poema"

Foram já apurados os vencedores do Concurso "Faça lá um poema"!

Ensino Básico:    Marta Amaral, 7.º E

Catástrofe Poética

Tinha rosto seco,
Cabelos prateados,
Olhos sem cor
E dedos deformados.

Falo de um velho poeta
Na sua solidão submerso,
Que para não se sentir só,
Arranjou a companhia
Na beleza de um verso.

Com suas mãos disformes,
Pegou numa tosca pena,
E mergulhou-a no tinteiro
Onde uma espessa tinta se agitava.
A pena lacrimejou,
E o delicado papel sujou
Mas isso não era problema,
Inclinou-se sobre a folha suja
E escreveu o seguinte poema:

“Penumbra e solidão,
Abismo e sofrimento,
Abrigo-me nos vossos braços
Ó Senhor que me isola do Mundo,
Dai-me força para existir,
Não me sinto um ser com vida,
Tenho frio e sinto medo.”

E nisto, a pena cai,
Nisto, a solidão ri-se
“Já não sei escrever poesia”
O velho poeta disse.

“Onde estão as bonitas rimas
Que eu costumava inventar?
Onde está a alegria
Com que eu me punha a pensar
No poema que escreveria
Antes de me ir deitar?”

Pasmado e imóvel,
Sentindo-se um miserável ser,
O poeta engoliu em seco,
Sem se lhe tirar da ideia
Que já não sabia escrever.
“Para um texto se dizer poema,
Precisa de ter algo mais,
Por exemplo, belas rimas,
Um pingo de sentido,
Uma base de sentimentos,
Como tristeza e amor,
E muitas, muitas vogais.”

Tudo isto era disparate,
E teimosia do velho poeta,
Pois jamais houvera alguém,
Neste mundo e mais além,
Que escrevesse com tal beleza,
Tal correcção e subtileza.

Lamentou até se cansar,
Que já não sabia rimar.
Mas a sua mão deformada,
Segurando a pena “entintada”
Muitos de hoje havia de encantar.

Tal alarido fez,
Que até parecia uma catástrofe
Ter escrito um poema,
Sem rima e sem sentido,
Que contrariava essas tais leis
Que impedem um poeta de escrever a poesia
Sem rimar,
Sem contexto,
Sem se basear em sentimentos
E sem usar muitas vogais.

Assim seja, então!
Acho esta atitude patética,
Mas se é opinião do poeta,
E se é lei da poesia,
Então chamarei a esta poema
A Catástrofe Poética.

Ensino Secundário: Ricardo Batista, 12.º H1

Bêbados

O teu corpo é um velho vinil com imperfeições.
Vestida no veludo preto
A cantar riscos e mapas torcidos
A lavar pedaços partidos de porcelana
Entre sangue, cortes e um detergente cicatrizante.
Falas numa língua artificial
E beijas as tuas folhas com cieiro
À espera que o vermelho seja apenas uma palavra escrita.
Deixei que uma noite limasses as unhas nas minhas costas,
Orgasmo e manicura,
Fugimos do coma alcoólico e fomos um corpo alcoólico
Que de manhã eram dois corpos ressacados.

Nova Data de Entrega das Fotografias - 19 de Março

Concurso de Fotografia sobre a Leitura


Se ainda não entregou a sua fotografia sobre a leitura, no âmbito do concurso que está a decorrer, ainda vai a tempo! Agora, até dia 19 de março ainda é possível participar!

Este concurso está aberto a toda a comunidade escolar, basta consultar o regulamento!