Dizem que tu és pura como um lírio
E mais fria e insensível que o granito,
E que eu que passo aí por favorito
Vivo louco de dor e de martírio.
Contam que tens um modo altivo e sério,
Que és muito desdenhosa e presumida,
E que o maior prazer da tua vida,
Seria acompanhar-me ao cemitério.
Chamam-te a bela imperatriz das fátuas,
A déspota, a fatal, o figurino,
E afirmam que és um molde alabastrino,
E não tens coração como as estátuas.
E narram o cruel martirológio
Dos que são teus, ó corpo sem defeito,
E julgam que é monótono o teu peito
Como o bater cadente dum relógio.
Porém eu sei que tu, que como um ópio
Me matas, me desvairas e adormeces,
És tão loira e doirada como as messes,
E possuis muito amor... muito amor próprio.
Realizaram-se, na nossa Biblioteca, nos dias 4 e 14 de Maio, dois espectáculos sobre Cesário Verde, protagonizados pelo actor Jorge Sequerra. Este é o 3º ano consecutivo que convidamos este actor a vestir a pele e as emoções de Cesário Verde, contidas na sua poesia. É um espectáculo dirigido às turmas de 11º ano que, neste momento, estão a estudar a poesia de Cesário Verde. Esperamos sinceramente que estes alunos tenham saído destas sessões tocados por esta interpretação única que o Jorge Sequerra nos deixou.
Ficam aqui alguns comentários dos alunos à sessão:
- " Gostei do espectáculo e achei que o actor interagiu bem com o público."
- "Excelente representação, muito interessante, e cumpriu o que prometeu: tornar a poesia muito mais cativante e menos "seca"."
- " O espectáculo ajudou-me a gostar mais de poesia e as perceber a dinâmica de Cesário."
- "Gostei muito da actuação e do enquadramento histórico e cultural que fez."
segunda-feira, 18 de maio de 2009
"Amar Cesário Verde"
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