Uma análise objectiva e desapaixonada dos inquéritos que foram entregues (26 em 45) (que é sempre difícil uma vez que são colegas a falar para outros colegas) permite concluir o seguinte:
Do interesse: predomina a escala 3 e 4 sobre a escala de apreciação negativa (1 e 2), o que revela uma boa realização das expectativas que seriam, a princípio, mais pessimistas. Os «velhos do Restelo» não viram aqui confirmada a sua profecia catastrófica. Sabemos que as acções nem sempre foram bem recebidas na sua versão obrigatória, mas o interesse que os docentes devolvem é assinalável. A acção 3 e a acção 7 recebem maior classificação neste item sendo que as outras, mais viradas para um nível reflexivo e menos lúdico, estão bem colocadas.
Da consecução: O grau de consecução é reconhecido, com prevalência nas escalas 3 e 4 com maior ênfase nas acções 3 e 7. Este dado permite inferir que a realização das acções foi, de modo geral, bem sucedida.
Da aplicação nas aulas: A audiência foi mais prudente e reservada quanto à aplicação nas aulas, o que me parece normal visto que se tratam de professores de áreas muito vastas e heterogéneas. A acção 3 destaca-se pelo nível de operacionalização mais técnica do que reflexiva o que, do meu ponto de vista, é perfeitamente natural. As acções viradas para as ciências humanas são mais penalizadas porque envolvem e mobilizam temáticas onde é necessário investir (leituras de textos, obras de referência, etc). Trata-se, em todo o caso, de uma primeira abordagem sem antecedentes generalizados, logo, a aplicação não é algo que decorra sem mais. Eventualmente em futuras acções será necessário estabelecer uma ponte para aplicações mais práticas de conteúdos determinados, mas como sabemos não existe um programa de ES o que tem vantagens mas também inconvenientes, como sejam temáticas que as pessoas receiam mais áridas.
Globalmente parece-me que estas acções foram conseguidas, situando-se num nível positivo quanto à recepção pela comunidade. Apesar de se tratar de uma primeira abordagem a este tema para aplicação da legislação em vigor, estamos longe de colher uma apreciação «fracassada» como alguns previram nas suas costumeiras profecias negativas. Uma mensagem de agradecimento aos que colaboraram nas acções a título voluntário; professores que deram o melhor de si.
O Professor convida os alunos a ler... As Viagens de Gulliver, de Jonathan Swift e a Quinta dos Animais, de George Orwell , foram dois dos livros que fizeram parte das "Conversas à volta dos livros"
Como forma de motivação para a leitura, as professores Edite Rodrigues e Isabel Costa Neves convidaram um "contador de histórias"do projecto «Mundo Brilhante» para fazer uma abordagem ao conto "A Estrela", de Vergílio Ferreira. Os destinatários foram os alunos de todas as turmas do sétimo ano. Para saber mais sobre este projecto clique aqui Para ver fotos da sessão veja aqui e aqui
1 comentário:
Uma análise objectiva e desapaixonada dos inquéritos que foram entregues (26 em 45) (que é sempre difícil uma vez que são colegas a falar para outros colegas) permite concluir o seguinte:
Do interesse: predomina a escala 3 e 4 sobre a escala de apreciação negativa (1 e 2), o que revela uma boa realização das expectativas que seriam, a princípio, mais pessimistas. Os «velhos do Restelo» não viram aqui confirmada a sua profecia catastrófica. Sabemos que as acções nem sempre foram bem recebidas na sua versão obrigatória, mas o interesse que os docentes devolvem é assinalável. A acção 3 e a acção 7 recebem maior classificação neste item sendo que as outras, mais viradas para um nível reflexivo e menos lúdico, estão bem colocadas.
Da consecução: O grau de consecução é reconhecido, com prevalência nas escalas 3 e 4 com maior ênfase nas acções 3 e 7. Este dado permite inferir que a realização das acções foi, de modo geral, bem sucedida.
Da aplicação nas aulas: A audiência foi mais prudente e reservada quanto à aplicação nas aulas, o que me parece normal visto que se tratam de professores de áreas muito vastas e heterogéneas. A acção 3 destaca-se pelo nível de operacionalização mais técnica do que reflexiva o que, do meu ponto de vista, é perfeitamente natural. As acções viradas para as ciências humanas são mais penalizadas porque envolvem e mobilizam temáticas onde é necessário investir (leituras de textos, obras de referência, etc). Trata-se, em todo o caso, de uma primeira abordagem sem antecedentes generalizados, logo, a aplicação não é algo que decorra sem mais. Eventualmente em futuras acções será necessário estabelecer uma ponte para aplicações mais práticas de conteúdos determinados, mas como sabemos não existe um programa de ES o que tem vantagens mas também inconvenientes, como sejam temáticas que as pessoas receiam mais áridas.
Globalmente parece-me que estas acções foram conseguidas, situando-se num nível positivo quanto à recepção pela comunidade. Apesar de se tratar de uma primeira abordagem a este tema para aplicação da legislação em vigor, estamos longe de colher uma apreciação «fracassada» como alguns previram nas suas costumeiras profecias negativas. Uma mensagem de agradecimento aos que colaboraram nas acções a título voluntário; professores que deram o melhor de si.
José Caselas
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