O Real e o Virtual
«O real e o virtual coexistem, e entram num estreito circuito que nos reenvia constantemente de um para outro. Já não é uma singularização, mas uma individuação como processo, o real e o seu virtual. Já não é uma actualização mas uma cristalização. A pura virtualidade já não tem de se actualizar uma vez que é estritamente correlativa do real com o qual forma o circuito mais pequeno. Já não há inassinabilidade do real e do virtual, mas indiscernibilidade entre os dois termos que se trocam. […] A relação do real e do virtual constitui sempre um circuito, mas de duas maneiras: tanto o real reenvia para virtuais como para outras coisas em vastos circuitos, onde o virtual se actualiza, como o real reenvia para o virtual como para o seu próprio virtual, nos mais pequenos circuitos onde o virtual cristaliza com o real.»
Gilles Deleuze, Diálogos
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